sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

De Fernando Bauth Klipel para Maristela Trindade



Basta!
Chega de me gritarem nos ouvidos,
Não suporto observar essa vida que se esvai
E economicamente ficar só olhando
Já desci onde ninguém jamais desejou estar
Também subi um pouco além do sonhado.
O momento assim como tudo,
Se faz dele mesmo, constrói-se dos instantes
Dos acasos
Eu negocio os olhares ao meu redor
Pra que espantados observem a plenitude da existência
E corram enxotados com sua boa educação
Pra longe de todos os meus desejos
Assim me deixam livre pra seguir
Por caminhos antes inexistentes
Outros conhecidos,
Por este mapa que vou tecendo
Dos afetos que colho dos tombos que levo
Dessa vida que me carrega, mas não me segura
Me bate, acaricia e eu abraço.
E bato, acaricio e abraço
Tem dias que quero
Apenas abraços
Em braços confortáveis
Sem tapinha nas costas
Sem olhares
E sem palavras.
Noutros gosto de berros
Urros, palavras gritadas
Sorrisos, gargalhadas
Ah! Essa vida que me tem
E eu tenho ela.



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