sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

De Mano Melo para Karla Sabah ( 2009)




A  RAINHA de SABAH

Nos rituais secretos das luas cheias 
Aos sábados,
Ela é a Rainha de Sabah,
E domina os sortilégios e as feitiçarias,
Além de outros babados.

Contra todos os meus princípios,
Prometi  casamento.

Sonhei com o momento
De vesti-la de véu
E grinalda

(Mas sem fralda).

Apostei no jogo metade por metade,
A Kind of Magic,
Amor Incondicional.

Mesmo que este noivo ateu
Seja eu,
Padre Fábio Melo cantaria a cerimônia,
Padre Marcelo Rossi rezaria a celebração.
Diria sim ao desatino
De ser um lobo bobo na casca do ovo.

Virar a página,
Começar  de novo.

Mas ela não me ouviu,
Ela se recusou,
Ela nem me viu.

Se abraçou com o Tavinho Paes
E disse: - É Com Esse Que Eu Vou.

Tomou chá de sumiço e sumiu,
Escafedeu,
Evaporou em arcos iris de Invisíveis Cores.
Só porque é Miss Suéter
E foi capa da playboy,

Ela acha que não dói?
E logo com o Tavinho Paes,
Aquele Grandão?

Isso não se faz.
Haja coração!

Fiquei na pior cantando canções de ausência.
Me fiz um chinês sorrindo amarelo
Pra dissimular o mal secreto,
Assobiando a melodia
De acender luzes
Na escuridão,
Porque na cabeça foi um tremendo apagão.

Minha memória virou uma sargenta de milícias,
Reles sopradora de apito.
Mas enfim, seu Agapito,
Fica o dito pelo não dito.

Pego um barquinho,
Sento com o violão no banquinho,
Faço um Samba De Verão
Chamado Madame Kaos.

Pra curar meus desenganos,
Serei menino de rua pelos próximos 500 anos
De Brasil.

Mas se ela disser Cala A Boca E Me Beija,
I Will



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